No Brasil, muitas pessoas associam o seguro de vida a momentos mais avançados da vida, quando há filhos, dívidas altas ou uma carreira consolidada.
Mas essa visão está mudando — e por um bom motivo. Com o aumento da informalidade no mercado de trabalho, altos níveis de endividamento entre jovens e o crescimento do empreendedorismo, o seguro de vida para jovens adultos se torna cada vez mais relevante.
Neste guia, explicamos por que esse tipo de seguro é uma escolha estratégica para brasileiros entre 20 e 35 anos, mesmo que ainda estejam no início da vida financeira.
Vamos abordar os tipos de seguro mais indicados, como funcionam no Brasil, custos médios, mitos comuns, e quando realmente vale a pena contratar.
Por que jovens brasileiros devem considerar o seguro de vida
1. Preços mais acessíveis na juventude
No Brasil, os prêmios de seguro de vida (mensalidades) são calculados com base na idade e no risco à saúde.
Para pessoas entre 20 e 30 anos, os planos podem custar a partir de R$ 10 a R$ 30 por mês, dependendo da cobertura. Isso é significativamente mais barato do que contratar após os 40 anos.
Exemplo real:
- Um jovem de 25 anos, não fumante, pode contratar um plano básico com cobertura de R$ 100.000 por apenas R$ 22/mês em seguradoras como Youse ou Azos.
2. Cobertura para dívidas comuns entre jovens
Segundo dados do Serasa (2024), mais de 43% dos brasileiros de 25 a 34 anos estão endividados.
Financiamento estudantil (FIES), consórcios, cartão de crédito e crédito pessoal são dívidas comuns.
Se algo acontecer com o segurado, essas dívidas não desaparecem — elas podem recair sobre pais, cônjuges ou até herdeiros.
Um seguro de vida com cláusula de quitação de dívidas ou cobertura por morte acidental pode evitar esse impacto.
3. Estabilidade para quem empreende
O Brasil é um dos países com maior número de jovens empreendedores na América Latina. Muitos abrem MEIs, lojas virtuais, ou trabalham como freelancers.
Sem os benefícios de um emprego CLT, como aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, um seguro de vida com cobertura para invalidez total ou parcial por acidente pode ser essencial para continuar recebendo apoio financeiro.
4. Inclusão de doenças graves frequentes no Brasil
Planos de seguro de vida mais completos no Brasil incluem cobertura antecipada para doenças graves como:
- Câncer
- AVC
- Infarto agudo do miocárdio
- Insuficiência renal
Essas doenças têm alto custo de tratamento no Brasil. Ter um seguro que antecipa o pagamento da indenização nesses casos pode significar acesso a um tratamento privado mais rápido e com melhores condições.
Tipos de seguro de vida mais comuns no Brasil para jovens
1. Seguro de vida individual
- Personalizável
- Cobertura básica: morte natural ou acidental
- Possibilidade de adicionar cobertura por invalidez, assistência funeral, e doenças graves
- Pode ser contratado por bancos (Caixa, Bradesco, Itaú) ou plataformas digitais como Azos e Youse
2. Seguro de vida em grupo (corporativo)
- Oferecido por empresas aos funcionários
- Não costuma ser personalizável
- É temporário: válido apenas enquanto o colaborador está empregado
- Não substitui o seguro de vida pessoal, mas pode ser complementar
3. Seguro de vida resgatável
- Parte do valor pago pode ser resgatado no futuro
- Funciona como um híbrido entre proteção e poupança de longo prazo
- Mais caro, mas interessante para quem quer formar uma reserva protegida contra riscos
Quanto custa um seguro de vida no Brasil?
Os custos variam com base na cobertura, idade, profissão e estado de saúde. Veja uma média atualizada para 2025:
Idade | Cobertura R$ 100 mil | Tipo de plano | Valor médio mensal |
22 anos | Morte natural + acidental | Básico | R$ 15 – R$ 25 |
30 anos | Morte + Invalidez + Doenças Graves | Completo | R$ 35 – R$ 60 |
35 anos | Resgatável + Assistência Funeral | Premium | R$ 90 – R$ 150 |
Fonte: Simulações reais em Youse, Azos, Icatu e Seguros Unimed (Maio/2025)
Melhores seguradoras para jovens adultos no Brasil
Seguradora | Destaques | Onde contratar |
Azos | Processo 100% online, sem papelada | www.azos.com.br |
Youse (Grupo Caixa Seguradora) | Planos modulares, baratos para jovens | www.youse.com.br |
Icatu | Opções resgatáveis e tradicionais | Bancos parceiros ou direto no site |
Porto Seguro | Assistência funeral e cobertura nacional | Corretoras ou agências físicas |
BB Seguros | Integração com conta Banco do Brasil | App BB ou site |
Como contratar um seguro de vida no Brasil (passo a passo)
- Pesquise sua necessidade real: Você quer proteger quem em caso de morte? Tem dívidas ou dependentes?
- Compare planos online: Use simuladores (ex: Azos, Youse, Minuto Seguros)
- Escolha o tipo de cobertura: Vida, invalidez, doenças graves, resgatável
- Reveja o valor da indenização: Idealmente 5 a 10 vezes sua renda anual
- Verifique a seguradora na SUSEP: www.susep.gov.br
- Leia a apólice e as exclusões antes de assinar
Mitos comuns entre jovens brasileiros sobre seguro de vida
- “Sou jovem, não preciso disso agora.”
Imprevistos acontecem em qualquer idade. Inclusive, acidentes são mais frequentes entre 20 e 35 anos. - “Seguro de vida é caro.”
Na verdade, é mais barato contratar jovem. Com R$ 1 por dia você já encontra boas opções. - “Meu plano de saúde já me protege.”
Plano de saúde cobre tratamento, não garante renda ou indenização em caso de falecimento.
Dicas para jovens brasileiros que querem economizar no seguro de vida
- Evite contratar planos com coberturas que você não precisa agora
- Prefira planos com contratação digital, que costumam ser mais baratos
- Faça uma revisão anual da sua apólice à medida que sua renda ou situação muda
- Se tiver filhos ou dependentes, atualize os beneficiários sempre que necessário
Seguro de vida e o INSS: são a mesma coisa?
Não. O INSS oferece benefícios por invalidez e pensão por morte, mas os valores são limitados e sujeitos a carência.
Um seguro de vida particular é mais rápido, sem burocracia e garante valores maiores, especialmente se você for MEI, autônomo ou informal — grupos que compõem mais de 40% da força de trabalho brasileira, segundo o IBGE.
Conclusão
Seguro de vida para jovens adultos: vale a pena? A resposta é sim — principalmente para os jovens brasileiros que enfrentam instabilidade no mercado de trabalho, informalidade, dívidas crescentes e querem garantir proteção financeira para si e para seus entes queridos.
Começar cedo significa pagar menos, ter acesso a melhores condições e incorporar o seguro como parte natural do seu planejamento financeiro.
Com opções digitais acessíveis, contratação simplificada e flexibilidade de planos, não há motivo para adiar essa decisão.